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Numéro 61 - 07 septembre 2016
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Et Battisti vit toujours au Brésil (textes français/portugais)

La présence de l'ancien activiste italien Cesare Battisti au Brésil est encore controversée. Il est arrivé en 2004 et vit au pays comme réfugié politique. Cette condition lui a été accordée  par le ministre de la Justice brésilien, Tarso Genro, en 2009.

La Justice italienne a demandé au Brésil d'extrader Cesare Battisti. La demande  a été envoyée à la Cour suprême du Brésil, qui a décidé que cela devait être une décision du président de la République, et en 2010, le Président Luiz Inácio Lula da Silva a refusé d'extrader Battisti, sur la base de l'avis du Bureau du Procureur Général brésilien, considérant qu'il serait cible de persécutions dans son pays d'origine.

Malgré cette décision, en Mars de cette année, le juge brésilien Adverci Tarifs Mendes de Abreu a décidé d'expulser Battisti. Le magistrat a affirmé que la situation de Battisti est irrégulière, ayant été condamné dans son pays d'origine pour crime de droit commun. Mais les avocats de Cesare Battisti au Brésil font appel de la décision du juge, au motif que les décisions de la Cour Suprême et du Président ne peuvent pas être modifiées.

Battisti a participé au groupe Prolétaires Armés pour le Communisme (Proletari Armati per il Communisme - PAC) dans les années 1970. L'Italie vivait alors la période appelée années de plomb (Anni di Piombo), de grandes agitations sociales et politiques avec un durcissement du système répressif de l'Etat, qui se disait démocratique. De la fin des années 1960 jusqu'à la fin des années 1980, des auteurs dénonçaient l'Iatlie comme une dictature.

Cesare Battisti a été condamné en Italie à la prison à vie, pour son implication dans quatre meurtres qui ont eu lieu entre 1977 et 1979. Puis il a fuit du pays. D'abord, il est allé en France, où il a reçu asile pendant dix ans. L'asile français a été accordé pour des raisons politiques, et a aussi été retiré pour la même raison.

Les avocats de Cesare Battisti au Brésil prétendent qu'il a été jugé par contumace, sans preuves matérielles des charges, et sur la base du témoignage d’une personne qui aurait pu vouloir  bénéficier de la négociation. La peine d'emprisonnement à vie sans droit à la lumière du soleil, n'existe pas au Brésil et les crimes qui lui sont attribués sont le résultat de l'action politique. Pour ces raisons, la Constitution du Brésil, la jurisprudence et le Traité d'extradition entre le Brésil et l'Italie empêchent l'extradition de Cesare Battisti.

Ce que génèrent la controverse et les questions concernant le cas Battisti est la possibilité d'extrader une personne reconnue comme réfugié politique, également si la concession de réfugié est une décision de l'État, ou un acte administratif, donc avec  possibilité de révision.

Selon le Statut des Réfugiés de la Convention des Nations Unies, de 1951, un réfugié est une personne qui, par peur d'être persécutée en raison de sa race, religion, nationalité, appartenance à un groupe social ou de ses opinions politiques, se trouve hors de son pays d'origine et ne peut pas y retourner. Cette personne a le droit de ne pas être renvoyée dans le pays où sa vie et sa liberté seraient menacées. Cette garantie est un principe général du droit international pour la protection des réfugiés et des droits de l'homme.

L'abri et  la protection fournis à ceux qui souffrent de persécution pour des motifs raciaux, sociaux ou politiques a été une pratique au Brésil. Les militants opposés aux régimes communistes ou aux gouvernements d'extrême-droite ont été reçus au Brésil, à la fin du XXe siècle, sous la condition de réfugiés.

PS  carnet rose : en Juin de cette année, Casare Battisti, dans une cérémonie simple, s’est marié à une brésilienne, avec qui il vit depuis dix ans.

 

Iara Borges, aux Urbains de Minuit

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A permanência do ex-ativista italiano Cesare Battisti no Brasil ainda é motivo de controvérsias. Ele chegou ao Brasil em 2004, e vive no país como refugiado político. Essa condição foi concedida pelo então ministro da Justiça, Tarso genro, em 2009.

Ao descobrir onde Battisti se encontrava, a Justiça Italiana pediu ao Brasil a extradição de Cesare Battisti. O pedido foi levado ao Supremo Tribunal Federal, que decidiu ser esta uma decisão do presidente da República. Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição de Battisti, com base em parecer da Advocacia Geral da União, por considerá-lo alvo de perseguição em seu país de origem.

Apesar disso, em março deste ano, a juíza brasileira Adverci Rates Mendes de Abreu decidiu pela deportação de Battisti. A magistrada argumentou que a situação dele é irregular, uma vez que ele foi condenado em seu país de origem, a Itália, por crime doloso comum. Mas os advogados de Cesare Battisti no Brasil recorreram da decisão da juíza por considerarem que a decisão da Suprema Corte e do presidente da República não pode ser modificada.

Battisti participou do grupo Proletariados Armados pelo Comunismo (PAC) nos anos 1970. A Itália vivia, à época, o período chamado anos de chumbo, com grandes agitações sociais e políticas com endurecimento do aparato repressivo do Estado, que se dizia democrático. Do fim dos anos 1960 até o final dos anos 1980 há autores que denunciam a Itália como uma ditadura.

Cesare Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua, por envolvimento em quatro assassinatos que aconteceram entre 1977 e 1979. Então, ele fugiu. Primeiro, ele passou pela França, onde recebeu asilo durante dez anos. O asilo francês foi concedido por razões políticas e também foi revogado pelo mesmo motivo.

Os advogados de Cesare Battisti no Brasil consideram que ele foi julgado à revelia, sem provas materiais das acusações e com base em depoimento de testemunha que poderia querer o benefício da delação premiada. A pena perpétua sem direito à luz solar não existe no Brasil e os crimes atribuídos a Battisti resultam de ações políticas. Com isso, a Constituição do Brasil, a jurisprudência e o Tratado de Extradição entre Brasil e Itália impedem a extradição de Cesare Battisti.

O que gera controvérsia e dúvida no que se refere ao caso Battisti é a possibilidade de extraditar uma pessoa reconhecida como refugiado político. Também se questiona se a concessão de refúgio é uma decisão de Estado ou um ato administrativo, com a possibilidade de revisão.

De acordo com o Estatuto dos Refugiados da Convenção das Nações Unidas, de 1951, refugiado é a pessoa que, por temores de perseguição em razão de sua raça, religião, nacionalidade, pertencimento a um grupo social ou por suas opiniões políticas, encontra-se fora de seu país de origem e não pode a ele retornar. Essa pessoa tem o direito de não ser reenviada ao país onde sua vida e sua liberdade sejam ameaçadas. Essa garantia é um princípio geral do Direito Internacional para a proteção de refugiados e dos direitos humanos.

A concessão de abrigo e de proteção aos que sofrem perseguição por motivos raciais, sociais ou políticos tem sido uma prática do Brasil. Militantes contrários aos regimes comunistas ou a governos de extrema direita foram recebidos no final do século XX, sob a condição de refugiados.

Note-se: Em junho deste ano, numa cerimônia simples, Cesare Battisti se casou com uma brasileira, com quem tinha um relacionamento há dez anos.

 

Iara Borges, aux Urbains de Minuit

Mots clés : #Cesare Battisti
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Numéro : 58 -